
Na terça-feira (6), saiu o esperadíssimo episódio do Desmond, e, não diferentemente dos outros episódios, esse trouxe consigo uma pá cheia de simbolismo e momentos "hã?", além de uma ótima perspectiva para o iminente. O episódio começa na parte em que Desmond é levado, gentilmente, pelo pessoal de Widmore para aquela câmara de madeira lá na Estação Hidra, onde põem o cara entre duas bobinas toroidais e ligam o troço, fazendo-o ir para... a outra realidade! É, aquela em que Sawyer não é ladrão que o Hugo é sortudo (Legal, né?)
Nessa outra realidade, o Desmond parece um-muito diferente do Brotha que conhecemos. Ele é um executivo de alto nível, trabalha para Widmore, não namora a Penny e, para ser mais específico, nem a conhece.
Fazendo um resumo desse flash sideway:
Desmond desembarca no LAX, encontra com Claire, eles têm um papo de desconhecidos, ele se disponibiliza a carregar as malas dela e oferece uma carona, que ela não aceita, além disso, ele dá um "chute" sobre o sexo do bebê, dizendo que vai ser um menino. Do aeroporto ele é levado pelo chofer George Minkowski até o escritório de Widmore, onde têm uma conversa entre amigos de infância, e lhe é oferecido uma dose daquele Whisky escocês que valia mais do que o que ele ganhava em um mês, na outra realidade, claro.
Nessa conversa, Widmore nos revela que seu filho, Daniel Faraday, é músico e que vai tocar num evento beneficente promovido pela srª Eloise Hawking. O que acontece é que Daniel é um músico vanguardista e quer juntar música clássica com o som da Drive Shaft. Desmond, então, é incubido da missão de ir buscar na prisão o recém preso por overdose, Charlie Pace.
Ele vai e faz o incubido. Só que há algo diferente nesse novo Charlie: Numa conversa, ele conta pra Desmond que, numa experiência de quase-morte, teve uma visão de uma mulher loira, extremente linda, e que eles já se conheciam e, desde então, ele passa acreditar que essa foi a visão da verdade. Ironicamente, aquele Charlie que na 3ª temporada fugia da morte feito um rato do gato, nesta realidade, ele mostra-se um rapaz "tô nem aí", repetindo que nada do que está acontecendo é real. Numa cena em que Desmond tenta levar Charlie até Eloise, Charlie "surta" e derruba o carro na água. E nós, telespectadores, temos um déja vu curioso, em que Charlie, preso, no interior do carro, põe a mão na janela, à lá "not penny's boat"e, alias, Desmond, ao ver isso, tem um flash sobre daquela triste cena. Depois, enquanto está no hospital, durante uma tomografia, ele tem outros flashes, como por exemplo, "not penny's boat", o nascimento do Charlie, o filho dele, e cenas românticas com a Penny. E, a partir daí, o Des tenta achar essa tal Penny de que a mão do Charlie tanto falou.
Não conseguindo cumprir tal missão, Desmond vai se justificar à Eloise, que mostra não se importar com tal coisa. E, ao ouvir o nome "Penny", entre a lista de convidados para a festa, ele se instiga a saber quem é e vemos Eloise impedindo-o de procurá-la, justificando que a sua vida é perfeita e que não precisa procurar por nada ("Show de Trumam", quem viu?), e quando surge o primeiro "por quê??" surge, também um "porque você não está pronto ainda" (ainda!).
Desmond encontra, também, Daniel Faraday, que, desconversa e diz que se apaixonou à primeira vista por uma ruiva de olhos azuis "como se já a amasse" e que depois, sem nada de físico, diz ter escrito na sua agenda uma série de equações quânticas que significam que através da liberação de uma grande quantidade de energia as coisas podem ser mudadas, e questiona se esta realidade não é a falsa (como Charlie), porque acredita já ter liberado essa energia.
E, na parte final do Flash, Daniel conta pro cara onde Penelope está e ele vai ao seu encontro, num estádio. Amor à primeira vista? Claro, teve até convite pra um cafezinho e tudo mais. Depois desse encontro, puf! Desmondo acorda na câmara de madeira disposto a ajudar Widmore com a missão. Que missão?
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A missão parece consistir na conscientização, em dizer para os outros perdidos que eles não estão vivendo a vida "certa", certo? É visto que Desmond é uma peça crucial no plano de Charles pelo fato de algumas leis físicas não serem aplicadas à ele. É interessante lembrar que o que aconteceu entre o Desmond e as bobinas foi só um teste, o que permite pensar que se foi usado um artifício científico para testar o cara, provavel que a ciência envolva o personagem por mais um tempo. É notado que houve uma certa "Sayidificação" do Inglês. Depois de todo o contato com essa outra realidade, ele levanda como um zumbi disposto a passar pelos sacrifícios de cumpir tal missao. Aliás, qual seria esse sacrificio mencionado pelo Widmore? A vida com a Penny e o pequeno Charlie?
Nesse episódio, é presente, assim como no "Flashes Before Your Eyes" (3x08) uma certa conspiração, envolvendo Eloise. No da terceira temporada, essa conspiração consistia em Eloise dizer para Desmond, na joalheria, que ele não devia comprar o anel, que ele devia cair no mundo, num barco. Nesse último episódio, essa conspiração era realizada através da persuasão. Charles e Eloise tentando convencer o Brotha de que ele tinha uma boa vida, de que ele não precisava achar nada. Posso até dizer, por que não, que esse episódio é um retorno ao Flahes Before Your Eyes, não só pelas semelhaças em torno do centro em Desmond e pelo flash durar quase todo o episódio, mas também porque, há uma presença significativa de simbolismos nesse episódio, como a presença misteriosa dos personagens Eloise e Charles envolvendo a temática do livre arbítrio, o destino, a coincidência e a ciência, fazendo uma sopa, uma história épica num episódio memorável, que faz parecer que o Brotha é a chave de tudo, ou, pelo menos, é a ambientização do enredo. Essa conspiração, nas duas realidades, faz parecer que Eloise e o Charles sabem da existência de uma realidade alternativa? Aliás, se os ansiões de Lost estão tentando, em ambas as realidades, fazer com que o casal Desmond/Penelope não se cruzem é porque esse "choque" poderia tirar o rumo "certo" da história, ou ainda, chutando de bicuda, poderia atrapalhar o salvamento da Ilha (?)
É visto a questão de a Penny ser a tal "constante" do cara, mesmo tendo os três (Charlie, Daniel e Desmond) precisado de um, err, "contato amoroso" para que entre em voga uma "certa crise existencial", o que nos leva a crer que as duas realidades estão mais conectadas do que imaginávamos.
Bom, resta esperar e torcer para que tudo se encaixe, que o Desmond fique menos Sayidficado e que a Ilha seja salva. Ou não.
Por quê que o Jin foi chamado pelo pessoal de Widmore, hein?
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